sábado, 20 de junho de 2009

No Metrô - A linha vermelha

Êta metrô da zona leste, não tem dia nem horário. Aperto no trem. Plataforma cheia. A superlotação é companheira de viagem. Não importa a hora que entro no trem, chego sempre atrasada. Quanto mais cedo chego, mais demorada a viagem: 20, 30, 40 minutos e pronto! Chego no mesmo horário: atrasada.
E se eu for ficar no meio do caminho? Tenho que me cercar de cuidados e estratégias, feito um comandante no campo de batalhas. Nem muito perto, nem muito longe na plataforma, o suficiente para ser a última a embarcar. E cuidado para não errar no cálculo, pois senão fico sobrando na plataforma e não consigo embarcar, ou então, ficarei presa no corredor aí ficarei refém do mesmo destino de todos os usuários, no aperto e no sufoco.
Acerto na dose. Desço na estação prevista. Saio do trem e sigo alheia, como se não tivesse passado por aquele sufoco. Impassível. O ar de fora dilui aquela tensão vivida e sigo confiante rumo à vida que deverá ser vivida e esqueço de me preparar para a volta.

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